quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O que Deus requer de nós?

Ademir Ifanger, compartilhando a Palavra

Vou repartir aqui o que depreendi de uma palavra dada nesta primeira semana de fevereiro, por Ademir Ifanger, pastor em Valinhos.
A palavra tem base no seguinte texto:

Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor teu Deus pede de ti, senão que temas o Senhor teu Deus, que andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma?” (Dt 10:12).

Ademir ensinou como este texto bíblico e outros relacionados demonstram que a fé se revela através de nossa atitude para com Deus e sua palavra.

Afinal, disse ele, o que Deus requer de nós senão quatro atitudes fundamentais, o temor, a obediência, o amor e o serviço?

Ademir abordou três coisas sobre as quais ele tem orado nestes dias e que estão ligadas ao temor, à obediência, ao amor e ao serviço: chamado, espiritualidade e existência.

"Tenho orado no sentido de que a minha espiritualidade corresponda ao meu chamado. A espiritualidade, como expressão do conteúdo de minha fé, se revela no temor, obediência, amor e serviço a Deus. Ou seja, todos estes itens devem corresponder ao meu e ao nosso chamado. Se minha vida não está em correspondência com a natureza do meu chamado, estou em pecado, isto é, estou errando o alvo".

Ademir Ifanger explica que no serviço fica implícito que nossa relação com Deus tem correspondência com nosso próximo. Não podemos servir a Deus a quem não vimos e passar de largo diante de necessitados espirituais e materiais.

Ao pensar sobre a existência, Ademir conta que tem se perguntado sobre como fazer com que ela tenha correspondência com sua espiritualidade e chamado. "É fato que a espiritualidade se expressa na existência (é nas prioridades de nossas ações que revelamos o grau de nossa espiritualidade). Entendo que a espiritualidade verdadeira se expressa quando não transijo e mantenho o foco em meu Deus, no seu Reino e na sua vontade".

Ele continua dizendo que o verso dois do Salmo dezesseis mostra o autor dizendo: “Senhor, tu és o meu único bem”. Ao meditar neste texto tenho me perguntado: “Posso realmente dizer isto, que apenas o Senhor é meu único bem?”.

E lembra que o verso três do mesmo Salmo diz: “Quanto aos santos que há na terra, são eles os notáveis nos quais tenho todo o meu prazer”. É nestes santos que me realizo social e existencialmente falando? Tenho sondado meu coração neste sentido, pergunta-se e continua:

- o que Jesus diz em Lucas 8:21: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam”. Ali, Jesus está dizendo que o Pai era o seu único bem. De nossa parte, temos que colocar Cristo e a Igreja e sua missão onde o temor, a obediência, o amor e o serviço se expressam.

Mas afinal, como se expressam o temor, a obediência, o amor e o serviço? Ademir Ifanger explica a expressão destes quatro pontos nos parágrafos a seguir:

O temor se expressa pelo respeito. Respeito a Deus por sua santidade e pureza, respeito por Sua Palavra e respeito para com os chamados por Deus.

O verso dezoito do Salmo 33 traz uma promessa aos que temem a Deus: “Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia”.

Os versos 8 a 10 do Salmo 40 mostram que nossa verdadeira alegria está na obediência, em cumprir nossa vocação e chamado.

No verso sete do Salmo 103 está escrito que Deus manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel. Isto nos ensina que há caminhos do Senhor que são trilhados na Terra. Há uma referência dos caminhos do Senhor, os seus santos. Os milagres e ações portentosas de Deus têm por objetivo mostrar os caminhos de Deus.

O amor tem sua expressão no texto de Jo 13:34-35, que mostra sua reciprocidade como marca registrada dos discípulos. Aqueles discípulos na época de Jesus eram judeus e sabiam de cor a respeito do amor, mas precisavam ser renovados nele. Assim estamos nós hoje: sabemos sobre o amor, mas precisamos de algo novo nesse sentido, que realmente leve o mundo a nos reconhecer como verdadeiros discípulos . E ao final, seremos os próprios beneficiados disto porque Jesus quer que nos amemos para que o amor dele esteja em nós e nossa alegria seja completa, conforme lemos em João 15.

Por fim o serviço se caracteriza por alguém disponível, mas paradoxalmente, que tem dono, porque é um servo, é um escravo. O status de um servo, o seu valor, é o que ele faz. Ele é reconhecido por sua obediência, por sua prontidão em servir.


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